Lealdade

Há pouco mais de um mês, me deparei com a indignação e a tristeza de uma amiga, que soube por outros, de algo importante que estava acontecendo com o marido. Sua tristeza era quase palpável. Sua indignação por não ser a primeira a saber era compreensível. Eles dividiam a cama, a mesa, a casa, as horas, os dias e a vida. Como ele podia agir assim?

Eu, que sempre fui adepta da lealdade, fiquei sem palavras. Não suporto pensar em falta de lealdade. Afasto-me totalmente de pessoas que não são leais. Como exemplo, posso dizer que, uma amiga que mente, não é uma amiga. Ela pode até não me contar algo, ou simplesmente dizer que não quer falar sobre um assunto pessoal comigo, mas não pode mentir. Não falar, é aceitável. Mentir, não é!

Mas e quando isso acontece entre um casal? E quando um cônjuge deixa de dizer ao outro algo importante, como um plano, uma decisão, um acontecimento, seja qual for? No meu entender, isso é o tipo de coisa inaceitável. É algo que vem com recados nas entrelinhas. Recados como “isso é problema meu!”, “isso não é da sua conta”, ou até, “não se meta na minha vida”. Isso é deslealdade.

Quando decidimos viver com alguém, casar, ter uma casa, uma família, estamos aceitando dividir nossa vida com essa pessoa. Quando decidimos estar ao lado de alguém, estamos decidindo tornar essa pessoa prioridade em nossas vidas. E nossas palavras tem que assinar nossos atos. Não basta dizer que está casado e que está ao  lado de alguém. As atitudes falam mais que as palavras. Dizer que o marido ou a esposa é a pessoa mais importante da sua vida, não é o mesmo que agir e fazer com que se sinta como tal.

Há algum tempo atrás, as palavras me encantavam. Hoje, com a maturidade, posso afirmar que são as atitudes que me encantam...ou desencantam.

Suzy 

29/06/2011

(Imagem retirada da internet)